14 de set. de 2011

O Esperanto é o ornitorrinco das línguas

Via Pensar Não Dói

Antes de descobrirem o ornitorrinco, os biólogos achavam que conheciam bem os mamíferos. Se alguém perguntasse a um biólogo “mamífero põe ovo?”, “mamífero tem bico de pato?”, “mamífero é venenoso?”, as respostas seriam “não”, “não” e “não”, mas o ornitorrinco é mamífero, põe ovo, tem bico de pato e é venenoso. Antes de Zamenhof criar o Esperanto, os lingüistas também achavam que conheciam bem as línguas.

O Esperanto é uma língua odiada por muitos lingüistas e professores de idiomas. Vários deles nem sequer reconhecem o Esperanto como língua, chegando ao cúmulo de tentar depreciá-lo designando-o por “código”, com o que não estaria “à altura” das línguas naturais para ser estudado em pé de igualdade com elas. Mas estes preconceituosos estão errados.

A verdade é que o Esperanto é uma língua que, assim como o ornitorrinco entre os mamíferos, possui características peculiares, que não se encaixam no esquema conceitual tradicional dos pesquisadores de seu campo de conhecimento.

A diferença entre os lingüistas e os biólogos é que os biólogos, ao descobrirem o ornitorrinco, não começaram a dizer que o ornitorrinco não é um mamífero, nem que o ornitorrinco não conseguiria caminhar, ou que seus filhotes não conseguiriam mamar com aquele bico de pato. Nada disso. Os biólogos, como bons cientistas, trataram de adaptar seus conceitos à realidade ao invés de insistir que a realidade deve se adaptar a seus conceitos.

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